Na última semana, as aulas da Escola Municipal Imaculada Greco Civolane, localizada no bairro Nosso Teto, foram paralisadas por mães que pediam o conserto de um vazamento de gás. Durante a mobilização, as mães proibiram as crianças de entrarem na escola.

O movimento teve inicio na tarde da última terça, quando as crianças começaram a comentar em casa sobre o cheiro forte do gás. “As crianças nos alertaram e resolvemos nos mobilizar”, comentou Jandira de Oliveira Fernandes, mãe de um aluno. Segundo os depoimentos das mães, esse era um problema antigo que vinha ocorrendo. Há cerca da cinco meses atrás ocorreu uma explosão de um botijão na cozinha, que chegou a destruir parte da pilastra da escola.

O presidente da Associação dos Moradores do bairro, Rangel Luz Correia, afirmou que as autoridades foram avisadas há mais de duas semanas atrás e nada foi resolvido. “Há 15 dias entrei em contato com a Secretaria da Educação e o problema permaneceu”, afirmou. Para Correia, a solução do problema exigiu a paralisação. “Foi a forma que encontramos para reivindicar os nossos direitos”, comentou.

A paralisação permaneceu até a quarta-feira de manhã quando o prefeito Marcos Buzetto foi até o local acompanhado de um técnico que consertou o vazamento do gás. O encontro dele com as mães foi bastante tumultuado, algumas mães se exaltaram por conta do problema e, segundo informações dos presentes, houve até ameaças de violência.

Após os ânimos acalmados e o problema do gás solucionado, as mães apresentaram ao prefeito outras reivindicações. “Toda a tubulação da escola precisa ser trocada, a água sai com cor de ferrugem, devido todo o encanamento ser de ferro”, disse Correia. Outros pedidos foram feitos, Correia destacou que a maior prioridade é a cozinha. “A geladeira encontra-se me péssimo estado, muitos alimentos não ficam na geladeira, assim como o fogão que está enferrujado”, disse.

COMISSÃO - Desse encontro foi formada uma comissão de pais e mestres que dialogará com a Secretaria de Educação e de Obras para apresentar as reformas necessárias na escola. Procurado pela A Tribuna, o secretário da Educação, Adeíldo Silva, afirmou que todos os problemas serão resolvidos. “Nós disponibilizaremos uma reforma naquele espaço. A escola junto com a associação dos pais apresentará todos os problemas estruturais e a Educação junto com a Secretaria de Obras solucionará”, disse.

Sobre o problema da água enferrujada (há comentários na cidade de que há uma politização do problema), o presidente do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) Davi Gonçalves afirmou que o problema será resolvido. “A equipe do Saae já está trabalhando no local, acredito que com uma semana, no máximo 10 dias, a água estará limpa”, afirmou. O presidente da associação dos moradores Rangel Luz Correia comentou que aguardará as reformas e, caso elas não sejam realizadas, novas paralisações podem ocorrer.