Fazenda Nova Java, cujas terras deram lugar aos bairros centrais, foi doada ao marido da Marquesa de Santos, amante de D. Pedro I
Do início do povoado – segundo registros históricos, ocorrido na segunda metade do século 18 –, a história de Rio das Pedras pode ser dividida em duas. A primeira como mera parada de tropeiros. A outra começou a ser escrita no século seguinte e o seu enredo perpassa pelo mais nobre caso de adultério brasileiro: a relação de amor extra-conjugal do imperador D. Pedro I.
Relato feito pelo empresário Raul Coury (falecido em 2007) em entrevista ao editor de O RIO-PEDRENSE há 9 anos dá conta de que a fazenda Nova Java (cujas terras posteriormente deram lugar aos bairros centrais da cidade) foi uma dádiva do império ao brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, marido de Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, ex-amante de D. Pedro I. Foi ele quem abriu a fazenda, até então uma sesmaria (lote de terra inculta que os reis de Portugal cediam para o cultivo).
O casamento do brigadeiro Tobias com a marquesa ocorreu cerca de um ano depois de D. Pedro I voltar a Portugal, em 1842. O brigadeiro era homem influente na corte, tendo sido presidente da Província de São Paulo por duas vezes (de 1831 a 1835; e de 1940 a 1841). É considerado patrono da Polícia Militar do Estado de São Paulo, corporação que batizou um de seus pelotões com o nome dele – ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).
A incumbência de administrar a fazenda foi passada pelo pai ao filho João Tobias de Aguiar e Castro. Coury não soube precisar com exatidão a data em que a fazenda foi aberta. Registros na imprensa local, no entanto, dão conta de que em 1884 a presença de Aguiar e Castro era marcante. “Em 27 de julho de 1884, a Gazeta de Piracicaba noticia a chegada de 94 colonos açorianos, contratados pelo Doutor João Tobias de Aguiar e Castro, naturais da ilha de São Miguel, sendo 37 homens, 17 mulheres e 40 menores para trabalho na fazenda – mediante contrato, uma vez que extinguira para os seus empreendimentos a mão-de-obra escrava. Introduziu-se assim a mão-livre portuguesa em Rio das Pedras”, reproduz o historiador Noedi Monteiro em seu “Manual de Rio das Pedras”.
É importante ressaltar que a lei áurea só foi instituída no Brasil depois de 1888. Ou seja, quatro anos antes da determinação legal, o fazendeiro resolveu tomar a medida. Não foi, contudo, a primeira substituição de escravos por imigrantes europeus. Antes disso, em 1875, Francisco José da Conceição, o Barão de Serra Negra, havia trazido as primeiras famílias de colonos italianos para trabalhar na fazenda Bom Jardim, segundo narrativa de Monteiro.
O casamento do brigadeiro Tobias com a marquesa ocorreu cerca de um ano depois de D. Pedro I voltar a Portugal, em 1842. O brigadeiro era homem influente na corte, tendo sido presidente da Província de São Paulo por duas vezes (de 1831 a 1835; e de 1940 a 1841). É considerado patrono da Polícia Militar do Estado de São Paulo, corporação que batizou um de seus pelotões com o nome dele – ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).
A incumbência de administrar a fazenda foi passada pelo pai ao filho João Tobias de Aguiar e Castro. Coury não soube precisar com exatidão a data em que a fazenda foi aberta. Registros na imprensa local, no entanto, dão conta de que em 1884 a presença de Aguiar e Castro era marcante. “Em 27 de julho de 1884, a Gazeta de Piracicaba noticia a chegada de 94 colonos açorianos, contratados pelo Doutor João Tobias de Aguiar e Castro, naturais da ilha de São Miguel, sendo 37 homens, 17 mulheres e 40 menores para trabalho na fazenda – mediante contrato, uma vez que extinguira para os seus empreendimentos a mão-de-obra escrava. Introduziu-se assim a mão-livre portuguesa em Rio das Pedras”, reproduz o historiador Noedi Monteiro em seu “Manual de Rio das Pedras”.
É importante ressaltar que a lei áurea só foi instituída no Brasil depois de 1888. Ou seja, quatro anos antes da determinação legal, o fazendeiro resolveu tomar a medida. Não foi, contudo, a primeira substituição de escravos por imigrantes europeus. Antes disso, em 1875, Francisco José da Conceição, o Barão de Serra Negra, havia trazido as primeiras famílias de colonos italianos para trabalhar na fazenda Bom Jardim, segundo narrativa de Monteiro.
Nova Java, a fazenda que virou cidade
As terras da fanzenda Nova Java íam da Rodovia Nelson Caproni (estrada vicinal que liga Rio das Pedras a Mombuca) passando no trecho que sai do hospital, descendo pela Rua Francisco Correia de Barros até a antiga indústria química Grambert. A porteira ficava na bifucação próxima ao hospital, onde havia um prédio que funcionava como pronto-socorro e hoje serve como alojamento para a Polícia Militar. Por isso a rua do antigo Centro Social se chama João Tobias de Aguiar e Castro, porque dava acesso a fazenda.
Tudo foi loteado posteriormente pela família Coury, , formando os bairros Bom Jesus 1 e 2. Pensando no bem estar de quem compraria os lotes, os Coury doaram aproximadamente 40 mil metros quadrados de áreas para a cosntrução de prontos-socorros, para as escolas Manoel da Costa Neves e contador Waldomiro Domingos Justolim, para a Casa da Lavoura, para o Estádio Massud Coury e para a Biblioteca Municipal entre outros.
Gustavo quer fazer “nova Alphaville”
O herdeiro de Raul Coury, Gustavo está dando continuidade a tradição da família e promete inclusive elevar o padrão de moradia em Rio das Pedras. “Rio das Pedras vem se expandindo graças aos loteamentos da Coury Imobiliária que, desde 1953, construiu sete loteamentos com três mil lotes integrados à sociedade”, disse. “Vamos conceituar a cidade como a nova Alphaville do interior de São Paulo. Em 20 dias, 85% do loteamento foi vendido e muitos compradores são de Piracicaba, Saltinho, Santa Bárbara, Capivari, Mombuca e da macro-região em geral”, disse.
As terras da fanzenda Nova Java íam da Rodovia Nelson Caproni (estrada vicinal que liga Rio das Pedras a Mombuca) passando no trecho que sai do hospital, descendo pela Rua Francisco Correia de Barros até a antiga indústria química Grambert. A porteira ficava na bifucação próxima ao hospital, onde havia um prédio que funcionava como pronto-socorro e hoje serve como alojamento para a Polícia Militar. Por isso a rua do antigo Centro Social se chama João Tobias de Aguiar e Castro, porque dava acesso a fazenda.
Tudo foi loteado posteriormente pela família Coury, , formando os bairros Bom Jesus 1 e 2. Pensando no bem estar de quem compraria os lotes, os Coury doaram aproximadamente 40 mil metros quadrados de áreas para a cosntrução de prontos-socorros, para as escolas Manoel da Costa Neves e contador Waldomiro Domingos Justolim, para a Casa da Lavoura, para o Estádio Massud Coury e para a Biblioteca Municipal entre outros.
Gustavo quer fazer “nova Alphaville”
O herdeiro de Raul Coury, Gustavo está dando continuidade a tradição da família e promete inclusive elevar o padrão de moradia em Rio das Pedras. “Rio das Pedras vem se expandindo graças aos loteamentos da Coury Imobiliária que, desde 1953, construiu sete loteamentos com três mil lotes integrados à sociedade”, disse. “Vamos conceituar a cidade como a nova Alphaville do interior de São Paulo. Em 20 dias, 85% do loteamento foi vendido e muitos compradores são de Piracicaba, Saltinho, Santa Bárbara, Capivari, Mombuca e da macro-região em geral”, disse.
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